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domingo, 26 de agosto de 2012

A Morte

Gritando na sombra vejo o desespero,
Sentindo o frio calado no corpo,
A boca seca o olhar vazio,
Sem destino, vago pela noite,
noite tremula, medrosa sem sombras,
Nas pedras deito sangrando meu silêncio,
Sem ter para quem pedir, suplicar, chorar,
Só um suspiro, minha alma flutua, vendo meu corpo deitado,

Desfigurado, petrificado, morri!
De fome?
De frio?
De solidão?
Morri! sem amor, sem paixões, sozinho,
Triste fim.
Minha alma continua me vendo,
Que pena de mim,
Eu choro, lágrimas sofridas, vou embora, deixando meu corpo,

Esse corpo inútil terá um fim digno e inevitável,
Só os ossos para dizer minhas lembranças, silêncio no sepultamento!
Só a vez do passado a voz do vento,
- O que meu fez sangrar?
- A violência urbana, seu bolso não suportou seu vicio, drogas!
- Morri de overdose?
- Não! morreu com um tiro no peito, seu estúpido corpo inconsciente. Vou-me embora e
deixo seu espírito vagando para pensar!


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