Gritando na sombra vejo o desespero,
Sentindo o frio calado no corpo,
A boca seca o olhar vazio,
Sem destino, vago pela noite,
noite tremula, medrosa sem sombras,
Nas pedras deito sangrando meu silêncio,
Sem ter para quem pedir, suplicar, chorar,
Só um suspiro, minha alma flutua, vendo meu corpo deitado,
Desfigurado, petrificado, morri!
De fome?
De frio?
De solidão?
Morri! sem amor, sem paixões, sozinho,
Triste fim.
Minha alma continua me vendo,
Que pena de mim,
Eu choro, lágrimas sofridas, vou embora, deixando meu corpo,
Esse corpo inútil terá um fim digno e inevitável,
Só os ossos para dizer minhas lembranças, silêncio no sepultamento!
Só a vez do passado a voz do vento,
- O que meu fez sangrar?
- A violência urbana, seu bolso não suportou seu vicio, drogas!
- Morri de overdose?
- Não! morreu com um tiro no peito, seu estúpido corpo inconsciente. Vou-me embora e
deixo seu espírito vagando para pensar!
domingo, 26 de agosto de 2012
A Dona e o Coco
Dois Furos! tirei a água do coco, com uma marreta fui abri-lo ao meio.
Dois Pulos! eu sai correndo atrás do coco, descendo pelo quintal, passou por baixo do portão em direção a rua.
Que vergonha!
Vizinhos presenciaram tudo, solidários correram atrás do coco.
- Que loucura! é tão difícil abrir um coco?
Era só um bolo, saboroso que eu estava fazendo no meio da tarde para comê-lo com um delicioso chá.
Uma vizinha vira-se para mim com um sorriso sarcástico e me pergunta.
- O bolo tinha que ser de coco?
-Neste exato momento eu preferia que ele fosse de outro sabor, respondi furiosa.
- Consegui pegar o coco! gritou outra vizinha.
De volta para casa cansada e humilhada pelo coco, olhei para ele e o infeliz nem se manifestou em abrir, comecei a marretá-lo com a porta fechada para ele não ousar a pular novamente, mas tudo em vão.
Peguei um parafuso grande e comecei a perfurá-lo e aos poucos ele foi cedendo ao cansaço e abrindo.
Eufórica me sentindo vencedora dei um só golpe no danado com a marreta e o coco se abriu ao meio.
Satisfeita com uma faca tirei seu saboroso conteúdo, uma parte ralei para colocar no bolo e a outra parte fui me deliciando ao poucos enquanto o bolo assava.
Depois do bolo pronto reparti com meus vizinhos que me ajudaram a pegar o coco.
Novamente um deles me perguntou.
-Porque você não fez de outro sabor já que estava tão difícil abrir o coco?
Respondi com convicção!
- Porque nunca se pode de desistir do objetivo tendo pela frente o primeiro obstáculo.
OBS: "Esta crônica foi escrita no dia 12/05/2005 por mim, a história foi verídica e como achei incrível tudo que aconteceu resolvi fazer dela uma história, pois nunca desisti em todo minha vida quando os obstáculos aparecem seja ele qual for"
Dois Pulos! eu sai correndo atrás do coco, descendo pelo quintal, passou por baixo do portão em direção a rua.
Que vergonha!
Vizinhos presenciaram tudo, solidários correram atrás do coco.
- Que loucura! é tão difícil abrir um coco?
Era só um bolo, saboroso que eu estava fazendo no meio da tarde para comê-lo com um delicioso chá.
Uma vizinha vira-se para mim com um sorriso sarcástico e me pergunta.
- O bolo tinha que ser de coco?
-Neste exato momento eu preferia que ele fosse de outro sabor, respondi furiosa.
- Consegui pegar o coco! gritou outra vizinha.
De volta para casa cansada e humilhada pelo coco, olhei para ele e o infeliz nem se manifestou em abrir, comecei a marretá-lo com a porta fechada para ele não ousar a pular novamente, mas tudo em vão.
Peguei um parafuso grande e comecei a perfurá-lo e aos poucos ele foi cedendo ao cansaço e abrindo.
Eufórica me sentindo vencedora dei um só golpe no danado com a marreta e o coco se abriu ao meio.
Satisfeita com uma faca tirei seu saboroso conteúdo, uma parte ralei para colocar no bolo e a outra parte fui me deliciando ao poucos enquanto o bolo assava.
Depois do bolo pronto reparti com meus vizinhos que me ajudaram a pegar o coco.
Novamente um deles me perguntou.
-Porque você não fez de outro sabor já que estava tão difícil abrir o coco?
Respondi com convicção!
- Porque nunca se pode de desistir do objetivo tendo pela frente o primeiro obstáculo.
OBS: "Esta crônica foi escrita no dia 12/05/2005 por mim, a história foi verídica e como achei incrível tudo que aconteceu resolvi fazer dela uma história, pois nunca desisti em todo minha vida quando os obstáculos aparecem seja ele qual for"
sábado, 25 de agosto de 2012
A Oportunidade
Márcia vivia triste e desanimada, trabalhava porque precisava pagar suas contas, mesmo assim trabalhando muito ás vezes deixava de pagar algumas contas que se acumulavam no mês seguinte, vivia se queixando da vida, uma hora era o chefe, outra hora era a condução que estava muito cheia e assim vivia "levando a vida" como ela mesma dizia.
Um dia em uma dessas conduções cheias esbarrou em uma moça, como estava cansada de pedir desculpas não se importou e nem olhou para trás, a moça olhou e disse:
- Quem é vivo sempre aparece!
Era Luíza uma amiga de infância de Márcia.
- Oi Nossa! quanto tempo Luíza, como você está?
- Estou ótima, me casei e tenho um filho lindo, estou vindo do trabalho fiz sociedade com um amigo e estamos muito bem no ramo de turismo e você o que faz da vida?
- Ah! eu não tive a mesma sorte que você, me casei, mas separei ele arrumou outra, depois de um tempo que me conformei comecei a namorar, mas o infeliz há quatro mês me abandonou, trabalho em um lugar que eu odeio e para piorar fiquei sabendo que meu ex já está namorando outra.
- Nossa eu sinto muito por tanta coisa ruim acontecer ao mesmo tempo.
- Eu o amo, minha vida não tem sentindo sem ele.
- Vamos marcar um dia para agente se ver e conversar.
- Vamos sim estou precisando conversar um pouco, as vezes penso que não vou aguentar tanto sofrimento.
Márcia era uma mulher de 38 anos de idade, prática e moderna, não tinha paciência para nada, as ultimas cicatrizes dos seus relacionamentos a deixaram medrosa, insegura e sem esperanças no futuro, seu emprego a cansava fazia três anos que fazia a mesma coisa e mesmo com as promoções que teve, sendo hoje chefe do setor não animava, tinha amigos superficiais a maioria conhecia seu ex namorado e os poucos amigos eram apenas conhecidos não confiava em ninguém.
Luíza ficou comovida com a vida que Márcia estava levando, pois lembrava dela há um bom tempo atrás como uma garota feliz animada com a vida e ver ela neste estado a comoveu muito.
As duas trocaram telefones e emails, mesmo com a vida corrida de Luíza ela dava um jeito para encontrar a amiga para conversar e foi em uma dessas conversas que mudou a vida de Márcia.
- Se eu for bem sincera com você, será que você irá ficar com raiva de mim e acabar com nossa amizade?
- Jamais eu faria isso Luíza, porque? aconteceu alguma coisa?
- Não é que eu tenho algo para te dizer, mas eu acho que você vai odiar ouvir.
- Diga! mesmo que eu te tenha ódio eterno, diga por favor até hoje só ouvi conselhos bobos, quem sabe uma dose de verdade não me liberte deste drama que eu vivo.
- Amiga o seu sofrimento é em vão, pois tudo que está passando é tão somente culpa sua.
- como assim? meu marido me traiu, meu namorado terminou comigo e agora esta com outra, é um castigo! eu me sinto arrasada, como pode dizer isso você não tem pena de mim? do meu sofrimento?
- Não! Se você foi uma boa esposa e fez tudo certo e mesmo assim seu marido lhe traiu, é porque ele é um safado e não merece o amor e confiança que você depositou nele, seu namorado a mesma coisa, o que eu quero lhe dizer que você tem que parar de ser a vitima e tomar as rédias da sua vida, ficar sofrendo e chorando pelos cantos não vai mudar nada do seu passado, acredite é em vão, quando uma pessoa foi feita para a outra tudo da certo, mas quando não são para ficar juntos só um aprende com o outro.
- Eu não aprendi nada com meu ex-marido safado!
- Aprendeu sim, pense desde do dia que o conheceu e até hoje, aprendeu que não se pode confiar em todo mundo, ficou mais forte para tomar as rédias da sua vida.
Você é capaz de ser melhor amiga, ser você mesma e as pessoas tem que gostar de você como você é claro que você tem que se esforçar para melhorar tudo em você.
- Por exemplo o que eu tenho que mudar em mim? perguntou Márcia com tom de desgosto.
- Seja digna, não se coloque no papel "eu sou a sofredora" porque no fundo todos sofrem, e eles só maltratam agente porque agente deixa e ao contrário também.
O mundo que vivemos devemos lutar e esquecer o passado, viva o presente e tente chegar no futuro gloriosa, largue seu emprego e procure algo que lhe de prazer ou se não puder largar o emprego agora, procure outro paralelo, depois largue o martilho de fazer algo que você não gosta. A vida é curta demais e ás vezes deixamos de fazer coisas e nunca sabemos se vamos conseguir fazer um dia, enquanto você chora seus exs estão vivendo a vida deles e nem pensa em você, dá atenção ás vezes para não te magoar, mas você tem que seguir em frente.
- Quer que eu saia procurando homem por ai?
- Não falei de homem, você não precisa disso, faça coisas que você goste de fazer, saia com alguns amigos que você confie, vá ao cinema, programe uma viagem com alguém, de oportunidade para as pessoas gostarem de você, esqueça esse refrão de que "eu sou assim" " eu sou brava mesmo" "eu não tenho paciência" "eu não gosto disso, nem daquilo" se deixe levar, esquece os preconceitos, experimente, viva mulher!
- Não é tão fácil assim.
- Eu sei, mas você admitindo que você errou também na relação já ajuda e que voltar não vai te deixar tão feliz quanto você pensa, siga em frente, seja bela sempre, acredite se você mudar um pouquinho a cada dia será mais feliz.
- Vou tentar.
Depois da conversa das duas Luíza mergulhou no trabalho e não teve mais tempo para ver a amiga, pois já era final de ano e a agência estava lotada de viagens.
No natal conversaram por telefone, mas Luíza não tocou mais no assunto.
Márcia continuava investindo no ex namorado e antes do ano novo quando Márcia o convidou para passar o reveion com ela, ele disse que iria se casar, essa noticia acabou com o ano novo de Márcia.
Márcia ficou tão deprimida que pensou até em tirar sua própria vida, no escritório todos não aguentava mais o humor de Márcia e ela foi demitida, sem rumo e sozinha sentou-se em um banco no meio da praça e decidiu que daquela noite ela não passava, ia beber todas e se jogar em um rio qualquer ou em uma rodovia para ser mais rápido quando foi tirada dos seus pensamentos de suicida.
- Feliz ano novo moça!
- Feliz para você! Disse Márcia brava.
- Nossa, que desanimo uma noite tão linda a lua brilhando no céu onde está seu namorado?
- Casando com outra!
O rapaz ficou pensativo e disse:
- Então moça case-se com outro também!
Márcia olhou aquele moço cor de jambo de olhos de jabuticaba e um sorriso sem igual e sorriu também, sentiu vontade de chorar e rir ao mesmo tempo, mas perguntou.
- E sua namorada?
- Está casando com outro, mas estou aqui procurando minha princesa perdida em algum lugar nesta noite linda maravilhosa, pois não quero chorar nem sentir pena de mim, porque não viver?
- Vocês homens agem assim, fácil arruma outra e pronto!
- Não! levei dois anos para entender que minha ex-namorada não me amava mais e descobri que perdi dois anos para descobrir isso, agora quero viver um novo amor, porque se ela não é a tampa da minha panela vou procurar a minha tampa.
- Nossa que cafona esse negócio de tampa.
Márcia começou a rir e os dois saíram juntos para comemorar, depois do reveion Márcia encontrou Fernando o rapaz que a fez sorrir no pior dia de sua vida, os dois começaram a sair e depois de um ano de namoro, todos os dias Márcia lembrava das palavras de sua grande amiga e tentava dia após dia mudar algumas atitudes em sua rotina que talvez tivesse lhe atrapalhado no passado, depois de dois anos de namoro com Fernando, descobriu o quanto ela era egoísta, pois sempre queria as coisas do seu jeito acabando sufocando o seu parceiro, foi mudando se tornou uma pessoa menos egoísta, mas alegre e Fernando não resistiu tanto encanto pediu sua mão em casamento, uma bela tarde de primavera se casaram e hoje faz exatamente bodas de ouro cinquenta anos de casados com filhos, netos e bisnetos e uma grande amiga em seu coração, mas que lhe ensinou o principal.
"Viver é aprender a cada dia um com o outro e não se deve exigir somente dos outros as mudanças, mas nós tempos que mudar primeiro, se mesmo assim não der certo, siga em frente, pois um dia alguém vai pensar como nós só basta lhe darmos a oportunidade."
A Estrada
Armando já estava cansado de lutar, fazia dois anos que estava desempregado e já seu casamento estava andando de mal a pior, por ficar nervoso descontava em Lívia com quem havia se casado já há dez anos, sua filha Joana estava apenas com cinco anos, depois da crise dos Estados Unidos, Armando foi mandado embora e teve que voltar para o Brasil, sem casa nem emprego sua família foi morar na casa da sogra dona Leila que apoiou o casal em tudo, Leila era uma mulher independente perdera o marido em um acidente de carro, hoje trabalha em uma repartição pública.
Desde que sua filha Lívia voltou dos Estados Unidos vem tentando acalmar os nervos do casal, mas Lívia não era uma mulher fácil vivia estressada e muito ciumenta pega no pé do marido todos os dias.
Armando não pensava em arrumar encrenca como dizia para esposa, queria apenas arrumar um emprego, não entendia porque estava tão difícil, pois seu currículo era invejável, fez vários cursos, se formou em duas faculdades e estava concluindo sua pós graduação em Nova York, falava dois idiomas diferentes do Português, inglês fluentemente e francês, mas mesmo com tanta qualificação a resposta era: "a vaga é muito simples para seu currículo" ou " precisamos que saiba falar japonês, ou qualquer outra língua que ele não sabia" parecia armação do destino.
Uma certa noite Armando estava cansado e voltava para casa andando quase sempre fazia isso, pois já não podia bancar gasolina toda semana, não queria mais pedir dinheiro para Leila e nem aborrecer Lívia, a lua estava cheia e branca no céu, o ar estava quente e olhava ao seu redor só carros passando, pessoas apressadas, resolveu mudar de caminho para aliviar as ideias.
Entrou em uma trilha que saia do outro lado da estrada, era uma rua de terra dentro da mata, muitos gostavam daquele lugar, pois ali era o parque nacional da cidade, mas parecia outro lugar a noite, parecia uma floresta assustadora, mas que para Aramando achou a calhar, pois queria correr risco mesmo, estava cansado da vida e se acontecesse algo bem ruim com ele, quem sabe o emprego apareceria.
Andando calmamente sem pressa de voltar para casa, pois sabia que iria brigar com Lívia novamente, foi olhando a lua e a pequena estrada de terra parecia que não tinha fim, de repente ouviu uma voz.
- Boa noite Moço!
Se assustou, pensou não olhar para trás, sentiu que seria assaltado, muitos homens usam mulheres para atrair outros homens e assalta-lo e matá-lo depois para não testemunhar, na mesma hora pensou em Lívia e Joana, ficou arrependido de estar ali, deveria ter voltado para casa de ônibus e mesmo brigando, logo estaria nos braços de Lívia e tudo ficava como antes, sua cabeça começou a rodar e pensou: " Não tem jeito estou morto"
Olhou para trás e viu uma linda moça vestida com um longo vestido azul com dourados, seus cabelos eram pretos e refletidos pela lua brilhavam, sua boca parecia uma maça de tão vermelha e seus olhos verdes como duas pedras preciosas, dela vinha um suave perfume, antes que ele dissesse algo ou saísse correndo a moça disse:
- Não tenha medo moço, não lhe farei mal só preciso conversar.
- Não tenho dinheiro moça, seus capangas podem me matar, mas não vão encontrar nada.
- Eu sei, mas se acalme está preste a ter um enfarto, não tem capanga nenhum aqui, sei que está precisando conversar também.
- Conversar?
- Sim, só conversar.
Armando sem entender imaginou que estava ferrado mesmo, então resolveu sentar no banco que "não sei de onde apareceu" pensou e sentou-se sem dizer nada.
-Eu preciso apenas de duas coisas durante vinte um dias, que todos os dias você beije com carinho sua esposa e que brinque com sua filha mesmo cansado a noite.
- Porque isso? - Ah! já sei foi Lívia que te enviou para me atormentar não é? - Pois saiba que eu amo minha mulher e nunca vou traí-la já tenho problemas demais és uma mulher linda não deveria fazer esse papel de testar maridos, eu vi em um programa, teste de fidelidade não é?
Armando levantou e gritou.
- Pois pode tirar o cavalo da chuva que eu não caio nessa, eu amo minha família e não preciso desse tipo de teste, quando eu chegar em casa agente vai conversar Lívia! Agente vai conversar!.
- Armando não é nada disso, se eu quisesse te testar eu tentaria de beijar eu disse para você beijar sua esposa e brincar com sua filha.
- Não entendo porque?
- Faça isso, assim que acabar o prazo que eu falei te darei um ótimo emprego.
- Você é maluca!
Armando levantou e foi embora sem olhar para trás, chegou em casa intrigado e ficou imaginando que deve ter batido a cabeça e adormecido resolveu esquecer.
No dia seguinte foi procurar emprego, mas não conseguiu esquecer a tal mulher as palavras sussurravam em seu ouvido e pensou: " Preciso começar a rezar"
Mas independente da mulher Armando mudou sua atitude, mesmo cansado chegou com carinho beijou Lívia, perguntou sobre Leila foi até a casa da sogra e conversou um pouco com ela e agradeceu tudo que ela tem feito por eles, antes lia o jornal e depois da janta ia dormir, mas viu a pequena Joana se distraindo com uma boneca e sentou-se no chão para brincar um pouco com ela, a menina brincou tanto que não deu trabalho na madrugada e dormiu a noite toda deixando o casal mais tranquilo para trocarem carinhos um com o outro.
Lívia se sentia feliz e quando levou Joana na creche a menina era toda energia, Leila foi para o trabalho sorrindo ao pensar no genro e mandava pensamentos positivos para ele.
E foi assim o mês todo Armando voltava todos os dias pela estrada de terra, mas nunca mais viu a tal mulher, mas se sentia mais fortificado e feliz, as brigas acabaram e sua vida voltou a ser como era antes feliz, sem dinheiro, mas a família estava unida outra vez.
Armando já havia esquecido a tal mulher nem sabia mais quanto tempo fazia, quando chegou em casa teve uma ótima noticia uma grande multinacional estava contratando e havia o chamado para uma entrevista.
Armando começou a trabalhar no mesmo dia, dois anos se passaram e Armando comprou uma casa próxima a casa de Leila, pois não queria sair de perto da sogra que tão carinhosa soube lhe dar com a crise que eles passaram, Joana já estava no prezinho e Lívia encontrou um ótimo emprego como secretária bilíngue.
Armando estava feliz e realizado, mas gostava de continuar voltando para casa caminhando e uma certa noite de lua cheia novamente ouviu a voz doce.
- Vejo que está bem mais feliz que da outra vez?
- Sim e tudo por sua causa.
- Não! por sua causa.
- Como assim?
- Você mudou suas atitudes e o mundo começou a mudar ao seu redor, se você se esforça para fazer as pessoas ao seu redor felizes, no final as pessoas lhe enviam pensamentos positivos, se faz um gesto de amor e solidariedade quem recebe lhe devolve com energias positivas.
- Fácil assim?
- Sim a lei do retorno, você faz e recebe em troca muito amor, se uma pessoa tem um gesto egoísta, mal educado ou grosseiro recebera toda a raiva que a pessoa agredida esta sentindo, como você passou a dar amor e atenção para quem você ama, eles lhe retribuíram com atenção e amor pensavam em você com carinho e gratidão.
- E o emprego?
- Você fez por merecer, se esforçou, estudou e todos os dias saia para mandar seus curriculum a lei da atração, o empregador precisa do empregado e o empregado do empregador.
- Quem é você?
- Eu sou uma amiga de longa data " sou a cigana da estrada" mas eu não fiz nada, só te alertei para que você descobrisse que o mundo da energia existe e que todos podem mudar o que quiser quando se faz o bem.
Adeus meu amigo e continue trabalhando bastante vem por ai um novo bebê para você.
- Quando vou te ver novamente?
A cigana não respondeu e Armando não a viu mais, chegou em casa e continuou com sua troca de energia positiva e ao saber que Lívia estava grávida novamente se ajoelhou e agradeceu a Deus tudo que aprendeu naquela misteriosa estrada.
Desde que sua filha Lívia voltou dos Estados Unidos vem tentando acalmar os nervos do casal, mas Lívia não era uma mulher fácil vivia estressada e muito ciumenta pega no pé do marido todos os dias.
Armando não pensava em arrumar encrenca como dizia para esposa, queria apenas arrumar um emprego, não entendia porque estava tão difícil, pois seu currículo era invejável, fez vários cursos, se formou em duas faculdades e estava concluindo sua pós graduação em Nova York, falava dois idiomas diferentes do Português, inglês fluentemente e francês, mas mesmo com tanta qualificação a resposta era: "a vaga é muito simples para seu currículo" ou " precisamos que saiba falar japonês, ou qualquer outra língua que ele não sabia" parecia armação do destino.
Uma certa noite Armando estava cansado e voltava para casa andando quase sempre fazia isso, pois já não podia bancar gasolina toda semana, não queria mais pedir dinheiro para Leila e nem aborrecer Lívia, a lua estava cheia e branca no céu, o ar estava quente e olhava ao seu redor só carros passando, pessoas apressadas, resolveu mudar de caminho para aliviar as ideias.
Entrou em uma trilha que saia do outro lado da estrada, era uma rua de terra dentro da mata, muitos gostavam daquele lugar, pois ali era o parque nacional da cidade, mas parecia outro lugar a noite, parecia uma floresta assustadora, mas que para Aramando achou a calhar, pois queria correr risco mesmo, estava cansado da vida e se acontecesse algo bem ruim com ele, quem sabe o emprego apareceria.
Andando calmamente sem pressa de voltar para casa, pois sabia que iria brigar com Lívia novamente, foi olhando a lua e a pequena estrada de terra parecia que não tinha fim, de repente ouviu uma voz.
- Boa noite Moço!
Se assustou, pensou não olhar para trás, sentiu que seria assaltado, muitos homens usam mulheres para atrair outros homens e assalta-lo e matá-lo depois para não testemunhar, na mesma hora pensou em Lívia e Joana, ficou arrependido de estar ali, deveria ter voltado para casa de ônibus e mesmo brigando, logo estaria nos braços de Lívia e tudo ficava como antes, sua cabeça começou a rodar e pensou: " Não tem jeito estou morto"
Olhou para trás e viu uma linda moça vestida com um longo vestido azul com dourados, seus cabelos eram pretos e refletidos pela lua brilhavam, sua boca parecia uma maça de tão vermelha e seus olhos verdes como duas pedras preciosas, dela vinha um suave perfume, antes que ele dissesse algo ou saísse correndo a moça disse:
- Não tenha medo moço, não lhe farei mal só preciso conversar.
- Não tenho dinheiro moça, seus capangas podem me matar, mas não vão encontrar nada.
- Eu sei, mas se acalme está preste a ter um enfarto, não tem capanga nenhum aqui, sei que está precisando conversar também.
- Conversar?
- Sim, só conversar.
Armando sem entender imaginou que estava ferrado mesmo, então resolveu sentar no banco que "não sei de onde apareceu" pensou e sentou-se sem dizer nada.
-Eu preciso apenas de duas coisas durante vinte um dias, que todos os dias você beije com carinho sua esposa e que brinque com sua filha mesmo cansado a noite.
- Porque isso? - Ah! já sei foi Lívia que te enviou para me atormentar não é? - Pois saiba que eu amo minha mulher e nunca vou traí-la já tenho problemas demais és uma mulher linda não deveria fazer esse papel de testar maridos, eu vi em um programa, teste de fidelidade não é?
Armando levantou e gritou.
- Pois pode tirar o cavalo da chuva que eu não caio nessa, eu amo minha família e não preciso desse tipo de teste, quando eu chegar em casa agente vai conversar Lívia! Agente vai conversar!.
- Armando não é nada disso, se eu quisesse te testar eu tentaria de beijar eu disse para você beijar sua esposa e brincar com sua filha.
- Não entendo porque?
- Faça isso, assim que acabar o prazo que eu falei te darei um ótimo emprego.
- Você é maluca!
Armando levantou e foi embora sem olhar para trás, chegou em casa intrigado e ficou imaginando que deve ter batido a cabeça e adormecido resolveu esquecer.
No dia seguinte foi procurar emprego, mas não conseguiu esquecer a tal mulher as palavras sussurravam em seu ouvido e pensou: " Preciso começar a rezar"
Mas independente da mulher Armando mudou sua atitude, mesmo cansado chegou com carinho beijou Lívia, perguntou sobre Leila foi até a casa da sogra e conversou um pouco com ela e agradeceu tudo que ela tem feito por eles, antes lia o jornal e depois da janta ia dormir, mas viu a pequena Joana se distraindo com uma boneca e sentou-se no chão para brincar um pouco com ela, a menina brincou tanto que não deu trabalho na madrugada e dormiu a noite toda deixando o casal mais tranquilo para trocarem carinhos um com o outro.
Lívia se sentia feliz e quando levou Joana na creche a menina era toda energia, Leila foi para o trabalho sorrindo ao pensar no genro e mandava pensamentos positivos para ele.
E foi assim o mês todo Armando voltava todos os dias pela estrada de terra, mas nunca mais viu a tal mulher, mas se sentia mais fortificado e feliz, as brigas acabaram e sua vida voltou a ser como era antes feliz, sem dinheiro, mas a família estava unida outra vez.
Armando já havia esquecido a tal mulher nem sabia mais quanto tempo fazia, quando chegou em casa teve uma ótima noticia uma grande multinacional estava contratando e havia o chamado para uma entrevista.
Armando começou a trabalhar no mesmo dia, dois anos se passaram e Armando comprou uma casa próxima a casa de Leila, pois não queria sair de perto da sogra que tão carinhosa soube lhe dar com a crise que eles passaram, Joana já estava no prezinho e Lívia encontrou um ótimo emprego como secretária bilíngue.
Armando estava feliz e realizado, mas gostava de continuar voltando para casa caminhando e uma certa noite de lua cheia novamente ouviu a voz doce.
- Vejo que está bem mais feliz que da outra vez?
- Sim e tudo por sua causa.
- Não! por sua causa.
- Como assim?
- Você mudou suas atitudes e o mundo começou a mudar ao seu redor, se você se esforça para fazer as pessoas ao seu redor felizes, no final as pessoas lhe enviam pensamentos positivos, se faz um gesto de amor e solidariedade quem recebe lhe devolve com energias positivas.
- Fácil assim?
- Sim a lei do retorno, você faz e recebe em troca muito amor, se uma pessoa tem um gesto egoísta, mal educado ou grosseiro recebera toda a raiva que a pessoa agredida esta sentindo, como você passou a dar amor e atenção para quem você ama, eles lhe retribuíram com atenção e amor pensavam em você com carinho e gratidão.
- E o emprego?
- Você fez por merecer, se esforçou, estudou e todos os dias saia para mandar seus curriculum a lei da atração, o empregador precisa do empregado e o empregado do empregador.
- Quem é você?
- Eu sou uma amiga de longa data " sou a cigana da estrada" mas eu não fiz nada, só te alertei para que você descobrisse que o mundo da energia existe e que todos podem mudar o que quiser quando se faz o bem.
Adeus meu amigo e continue trabalhando bastante vem por ai um novo bebê para você.
- Quando vou te ver novamente?
A cigana não respondeu e Armando não a viu mais, chegou em casa e continuou com sua troca de energia positiva e ao saber que Lívia estava grávida novamente se ajoelhou e agradeceu a Deus tudo que aprendeu naquela misteriosa estrada.
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